terça-feira, 26 de maio de 2009

Olhe em volta...

Olhe em volta, tudo o que você enxerga são palavras que correm sem rumo pra la e pra cá, sem o menor senso de direção exigido.
Olhe em volta, em volta de si, olhe como tudo muda constantemente sem se importar com o tempo e velocidade em que essas mudanças, boas ou não, se espalham tomando por completo o espaço muitas vezes esquecido por nossas cabeças preocupadas.

Olhe em volta e veja tudo o que tenta acontecer ao redor dessa sua mente brilhante fazendo com que a maravilhosa e a improvável magia do ser o tome em lágrimas e sorrisos tão parecidos com o pranto de um palhaço triste.
Olhe em volta e perceba como as coisas estão, mas não pisque, nunca, pois logo após sua piscadela o mundo não será o mesmo, não será igual a ultima vez em que abriu os olhos.

Nada que se vê agora é o mesmo de quando se observa a alguns instantes atrás, nada é igual a não ser o medo de nunca mais ver o mundo como era no inicio.
Nada é igual, nada se comparada ao segundo perdido vagando no espaço sem fim onde se formam os pensamentos, fortes ou fracos como aqueles que se os pensam, puros ou não, como as idéias oriundas das mais pensantes mentes.

Feche os olhos e observe a imensidão escura e profunda que paira entre seus olhos e suas pálpebras, observe como era pequena sua percepção de tudo, perceba como o mundo fora de sua visão normal é muito maior do que uma cidade colorida.

Olhe em volta e reflita, perceba que a dimensão de tudo aquilo que se faz é infinitamente menor do que aquilo que recebe de volta.